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Sitio do Sonho: Coimbra tem mais encanto na hora da chegada

Sonhos acabadinhos de sonhar....

Sitio do Sonho

Aqui me tendes agora. Aproveitai enquanto assim me apraz, a mim – que já tive muitos nomes e por quem milhares de luas já passaram! A mim, a quem chamaram Filha, Irmã, Mãe, Rainha, Fada e Gran-Sacerdotiza... A mim, mulher jovem de tão idosa que sei ser!, mulher bela de tanta fealdade já ter dominado. Aqui estou eu, a Fada Morgaine!

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Coimbra tem mais encanto na hora da chegada

Tens razão quando dizes que a faculdade vai mudar muita coisa. Eu já não sou a mesma, posso afirmá-lo com toda a certeza. São os conhecimentos académicos, o desfazer das ideias feitas, os novos amigos, o espaço, enfim, toda a experiência em si…. Gostava que um dia viesses a ter esta sensação. Ser praxado nos claustros da faculdade, percorrer as monumentais a cantar, descer a Praça da República no cortejo, ser baptizado no Mondego… Sonhar com o dia em que vou vestir o traje pela primeira vez… Ir à Baixa pela Sofia., descansar ao pé da Sé Velha, jantar nas cantigas amarelas, ou nas azuis, ou nos grelhados… Tirar fotocópias na Zero, na Dona Alice… Tudo isto só tem esta importância e magnitude por ser em Coimbra…. E as Sebentas das matérias, e as tunas e as trupes, e o medo do desconhecido que se transforma em curiosidade e em conhecimento…. Só Coimbra tem esta magia para quem estuda, esta mística da capa negra de estudante, estas milhentas palavras que dia após dia começam a fazer parte do vocabulário académico. De repente deixei de ser só eu e a minha vidinha e os meus problemas. Faço parte de algo maior, algo grandioso, um contíguo de milhares de estudantes com os mesmos problemas e dúvidas e com alegrias semelhantes. É bom ser parte de Coimbra. É bom acordar e ver Coimbra lá fora, linda, a brilhar com o orvalho da madrugada e sentir que sou parte desse brilho, que sou parte dessas pedras da calçada, da história desses monumentos, da negrura da batina e que trago no olhar a esperança de um dia partir chorosa mas orgulhosa, com o “canudo”, depois do rasganço e da queima. Nunca me tinha apaixonado como me apaixonei por esta cidade desde que lhe pus os olhos em cima e palmilhei pela primeira vez as suas íngremes ruas ao som de “verdes anos” de Carlos Paredes. E guardarei para sempre na memória a noite da serenata, debaixo da capa da minha madrinha, ouvindo os primeiros acordes da guitarra de Coimbra.

Mafalda, 2005

3 Comments:

At 5.12.05, Blogger requiescatinpacem said...

olá..

 
At 6.12.05, Blogger J.P. said...

tal como a cidade, também tú tens o teu encanto!
gosto de te ver por aqui!

 
At 10.12.05, Blogger O Poeta Chanfrado said...

Possas foi duro ler este texto...

Feliz por te ver assim Mafalda.

Um beijo do Sapo.

 

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