.... “oh, como são frágeis...”

foto by Matthieu Spohn

Hoje em dia é muito comum avaliarmos as pessoas.

Sentamo-nos no nosso pequeno trono e julgamos as pessoas e as suas acções a torto e a direito.

Não é uma má coisa! Não nestes tempos, não no mundo em que vivemos.

Penso que por um lado fiquei demasiado frio para aprender a confiar em alguém, especialmente em alguém que nos tenta agradar! A minha primeira reacção é pensar "ok, o que é que queres de mim?... o que é que me vais pedir?... o que é que me vais cobrar depois?... quem é que queres esquecer?"Contudo, há um certo tipo de pessoas que tendem a escorrer por entre este "filtro" que uso para seleccionar a quem me dou.
Parece que só me apaixono por alguém já meio partida por dentro, meio que desolada com todo aquele mundo que a rodeia, que a sufoca, que a faz fechar-se dentro dela mesma. “Tão jovem e tão bela...Com toda aquela luz, aquela alma sofrida... rasgos de alegria, rasgos de desespero... e toda uma contradição de sentimentos... “Não sei, mas criaturas assim são belas aos meus olhos. Verdadeiramente puras. Com uma sinceridade deveras cortante, para o bem e para o mal, e a sua fragilidade.... “oh, como são frágeis...” e ainda assim com a força e bravura de um puro-sangue. Não sei... mas maravilham-me verdadeiramente, emocionam-me os sentidos e alegram-me a alma.