Eu e as minhas viagens do passado
A viagem
A vida é uma viagem. Cada um de nós é um viajante que carrega a sua bagagem, que decide o seu caminho.
Eu sou uma viajante. Parti há 17 anos do meu porto seguro e iniciei a minha viagem. Hoje, olhando para o caminho que percorri, vejo que esta não foi sempre uma viagem fácil, mas que também não foi tão difícil como me pareceu em certas alturas do caminho. Vejo, sobretudo, que não foi uma viagem vã.
Comecei por viajar à volta do meu quarto, travei aí as minhas primeiras amizades, as mais sinceras. Viajava a pé na altura, calejava-me já para posteriores viagens. A certa altura do caminho percebi que o meu quarto era demasiado pequeno para mim. Era altura de voar, de viajar para lá destas quatro paredes a que, ainda hoje, regresso sempre (todos os viajantes necessitam de um local para guardarem a sua bagagem, para recuperarem da jornada, e eu, pessoalmente, não a consigo empacotar…). Era altura de conhecer o mundo. Vi beleza, vi desgraça, vi caras, vi corações, vi o que queria e o que não queria, cheguei a pensar que havia visto tudo o que há para ver. O mundo tornava-se, agora, pequeno demais para mim. Precisava de viajar naqueles que me rodeavam. Descobri aí grandes amigos, desencontrei-me de outros, “perdi-me” de muitos (outros perderam-se de mim…), mais uma vez o que vi nem sempre foi o que esperava ver. A viagem apresenta-se sempre sob diferentes paisagens…
O caminho que até agora percorri foi vivido, por vezes, naquilo que me pareceu o mais rudimentar dos transportes… A viagem parecia-me, então, apenas uma sucessão de solavancos e quedas. Vejo agora que estas quedas, que estas chagas são, na verdade, as provas da viagem, os carimbos no passaporte da vida… De outras vezes, senti que já não viajava, que estava parada numa qualquer estação, talvez esperando por um comboio que tardava a aparecer… Revendo esses momentos da viagem, descubro que percorrer apenas uma parte do caminho não significa enganar-me, mas sim crescer, aprender, evoluir.
Olhando hoje para o caminho que percorri, vejo que viajei muito lá fora, que já conheci muito do que o mundo tem para me mostrar. Apesar de saber o meu destino, desconheço que caminho me caberá percorrer para lá chegar. Por agora, julgo que está na hora de viajar no meu tempo, no meu mundo, na minha história, na minha terra, no meu futuro. Julgo que está na altura de, finalmente, viajar dentro de mim…
2004
2 Comments:
Antes-
"A fraca aqui sou eu. Vai e vive e sê feliz, que assim eu serei de certa maneira feliz também... Desculpa se te dei demais, se te amei demais, se não te dei espaço, se me entreguei demasiado, desculpa se te faço sentir culpado... Nunca te quis ver mal e afinal só te consegui dar sofrimento..."5/3/2005
Depois-
"Tu que tudo sabes, fala-me um pouco mais dos teus caminhos, dos meus futuros, tira-me do marasmo do presente Romeiro. Em troca dou-te a minha Verdade. A tal que nunca conhecerás…"29/3/2005
Paixão e romance têm muito pouco a ver com amor verdadeiro!
Antes e Depois!!!A viagem ainda não acabou!
Para ti Frágil Porcelana!
Um Beijinho!
oi. pois e, ca estou eu novamente a comentar um texto teu... ja conhecia o texto, axo k esta muito bem escrito... e acredita que a viagem ainda esta no principio, ainda te falta viver muito, e espero k na grande parte desse muito sejas o mais feliz possivel, pois e isso k eu espero k sejas daki para a frente. adrt mto, kmo tu o sabes, e sabes tambem k podes contar sempre comigo para o k for preciso...es a minha maninha!! adrt mto.
Enviar um comentário
<< Home