Para mim a eternidade és Tu

Amo-te com noutro dia qualquer. Amo-te porque és a eternidade, a vida em mim. Amo-te porque tudo acaba quando não te quero amar. E sou sozinha sem ti. E sou fria e morta sem ti. E percorro ruas desertas (todas as ruas são desertas se tu não estás lá) e frias e sou o fantasma do futuro, que ninguém vê, que ninguém quer ver. O chão foge aos meus passos tristes, o céu apaga-se ao meu olhar, o sol não nasce para mim... Não há esperança em mim sem ti. Não há futuro, não há passado nem presente.
Há apenas o macabro ardor da lâmina na carne. Há apenas o vermelho imenso que invade a casa que outrora fomos. Há apenas as ruas que percorremos juntos, as horas que fomos felizes porque existiamos e eramos um só. Há apenas a lembrança de uma felicidade prometida e perdida não sei bem porquê. E há a eternidade, que para mim és tu. A eternidade de um beijo longo e profundo, a eternidade de dois corpos juntos, a eternidade de um "bom dia amor" dito numa cama qualquer, a eternidade das esperas, das ânsias , dos abraços, a eternidade dos momentos em que a vida era cor e magia e valia a pena viver...