Dafne, um recado para só para ti

Não sei se vais ler este texo, provavelmente não. Prefiro partir desse principio. Talvez o esteja a escrever mais para mim do que para ti, talvez agora precise de me explicar mais a mim mesma do que a ti. Mas não posso deixar de o endereçar a ti, uma vez que o texto anterior foi todo para ti. É a minha última hipotese de te explicar o que quero, não o que sinto, porque isso não se mede em palavras.
Habituei-me a viver contigo, não para ti. Era uma menina de 7º ano apaixonada pela vida quando me apaixonei por ti. Ingénua, como afinal nunca deixei de ser, quis acreditar que tu um dia ainda me amarias. Estava certa e errada ao mesmo tempo. Quises-te-me, quises-te usar-me como refúgio, e eu deixei. Eu nunca me importei, nem nunca te culpei, muito menos te julgei. Estive lá sempre que quisses-te contar a tua mais recente curte, quando quisses-te desabafar ou apenas quando querias explicações de História. Lembras-te? Lembras-te como eu tinha sempre tempo para ti? Lembras-te como eu sorria sempre que te via? Se calhar não. Aprendi a viver sem ti quando pela primeira vez percebi que não me amavas. Não imaginas o que eu sofri. Mas isso tembém agora não é o mais importante... Nunca te deixei de amar por completo. Sei que magoei muita gente, gente demais por causa disso, a eles peço desculpa, se é que se pode pedir desculpa quando se causa tanto sofrimento. Quando eu finalmente achava que te tinha esquecido apareces-te de novo. Aquele dia na paragem, lembras-te? Eu lembro. E lembro-me dos teus telefonemas, das tuas mensagens, das tuas palavras todas. E lembro-me de ter magoado o Ricardo para ficar contigo, sem pensar 2 vezes. Amava-te. Amo-te. E fui feliz. E sonhei durante cerca de 7 meses que até eu podia ser feliz, porque tu gostavas de mim... Mas ag já não tenho a que me agarrar para viver. Não é que não consiga viver sem ti, simplesmente não quero sequer tentar... Não quero porque prefiro não viver a viver uma vida sem sentido. Sei que tenho vários motivos para me orgulhar, sei que tenho muitas coisas onde me agarrar, mas tudo me parece baço e sem gosto quando não estás por perto... Desculpa. Vai e vive a tua vida. Eu vou tentar viver a minha. Se calhar até consigo... Mas sei que não vou conseguir. Não tens de que sentir culpado. A fraca aqui sou eu. Vai e vive e sê feliz, que assim eu serei de certa maneira feliz também... Desculpa se te dei demais, se te amei demais, se não te dei espaço, se me entregeui demasiado, desculpa se te faço sentir culpado... Nunca te quis ver mal e afinal só te consegui dar sofrimento... E isoo magoa-me mais que qualquer outra coisa... Não sei que mais dizer, por isso DESCULPA e, se tem que ser Adeus...